A internet tornou-se uma parte integral da vida dos brasileiros, que dedicam, em média, 9 horas e 32 minutos diários à navegação online, colocando o país em segundo lugar no ranking global, atrás apenas da África do Sul. No entanto, por trás desses números, uma realidade intrigante emerge, revelando um relacionamento complexo e muitas vezes contraditório com as ferramentas digitais.
A sombra do vício digital: A complexa relação com as redes sociais
Uma pesquisa realizada pela Bloomers revelou que 71% dos brasileiros consideram as redes sociais um vício prejudicial, enquanto 53% acreditam que essas plataformas podem aumentar transtornos mentais e ameaças à saúde mental. Surpreendentemente, 31% expressaram o desejo de abandonar as redes, mas enfrentaram dificuldades, enquanto 40% admitiram ter parcialmente abandonado seus perfis.
Marcas de confiança e desconfiança: O peso das redes sociais na opinião pública
A pesquisa identificou as cinco marcas de tecnologia mais desconfiáveis, lideradas por TikTok (40%), seguido por Tinder (33%), Facebook (28%), Twitter (27%) e Telegram (26%). Em contrapartida, WhatsApp (55%), Instagram (32%), YouTube (21%), Amazon (18%) e Netflix (16%) foram consideradas as mais confiáveis.
Para Ivan Scarpelli, CEO da Bloomers, até as marcas confiáveis devem refletir sobre sua responsabilidade social, modelando ofertas que sejam um suporte eficaz para a resolução de questões críticas na sociedade.
Dualidades na Percepção Tecnológica: Oportunidades e Desafios
A pesquisa também revelou dualidades nas percepções sobre o papel da tecnologia em setores como trabalho, educação e saúde. Enquanto 30% dos entrevistados acreditam que as marcas devem investir em tecnologias que aumentem os empregos, 41% acreditam que a tecnologia diminuirá as oportunidades de trabalho, e 20% preveem eliminação de vagas e desemprego generalizado.
Expectativas positivas em meio a contradições
Apesar das preocupações, 64% dos entrevistados estão entusiasmados com as possibilidades futuras que a tecnologia pode oferecer globalmente. Cerca de 42% acreditam que novas ferramentas impulsionarão avanços na educação e saúde, beneficiando toda a população, independentemente de classes sociais.
Em um mundo cada vez mais digital, compreender essas nuances no relacionamento dos brasileiros com a tecnologia é crucial. As marcas devem não apenas oferecer inovação, mas também abordar as preocupações e aspirações da sociedade, construindo um caminho sustentável para um futuro tecnológico.